declaração anônima de amor (não tão anônima)

Eu ainda não criei coragem para falar sobre os meus sentimentos para a pessoa, sendo assim, eu decidi externar.

O meu conto de fadas não é exatamente um conto de fadas, e não tem uma história cem por cento feliz, talvez porque ele é uma versão adaptada e com leves toques de edição – muito realistas – mas, eu realmente acredito que em algum lugar ainda existe uma realidade criada para que essa história reviva, e eu, aguardo ansiosamente o dia que ela exista. Até porque, eu já disse – e repito – que vocês irão contá-la, transformá-la em livro e eternizá-la, mas, para isso, precisamos voltar ao início do fim, isso mesmo.

O que eu sempre falo sobre o fim – ele abre espaço ao novo, ele é oportuno, e assim, ele pode ser incrivelmente cheio de surpresas – Mas, apesar disso tudo, confesso que eu não sei absolutamente nada sobre esse momento que estamos vivendo. Tem dias que o meu coração só falta espremer dentro do peito, e eu sinto uma dor tão forte que eu acho que eu estou perdendo a luta, mas, a realidade é que eu só estou ansiosa, por coisas que ainda não aconteceram, por coisas que eu gostaria que acontecessem e por algo que eu ainda não sei. O que eu posso afirmar, esse sentimento é absolutamente doido. Sabe aquela chama que renasce sem avisar, e que arde, queima, e marca? Tenho certeza de que eu nunca vou esquecer essa sensação, tenho certeza de que é impossível sentir as coisas dessa forma, porque, essa história – assim como todas as outras – é única. E ela tem grande parcela no que eu me tornei, e no que eu quero me tornar, mas principalmente, com quem eu quero estar, com quem quero compartilhar, partilhar, dividir, somar. E respirei fundo agora, segurando uma lágrima porque falar sobre isso ainda é muito difícil. Não, o amor não (dói), não machuca, as pessoas sim, e nesse caso – sei que machuquei alguém – até que eu entendesse todo o processo de sentir, até que eu pudesse me amar.

O que aconteceu anos atrás? Bom, eu estava perdida – e não tem nada pior do que isso – eu não me amava, eu não via perspectiva alguma, havia perdido o brilho no olhar, a vontade de me entregar verdadeiramente (Tanto que foi o ano em que eu mais me envolvi em coisas de cabeça, sem pensar, sem sentir) E esse comportamento foi fatal para algumas pessoas, mas, também me trouxe um autoconhecimento que eu jamais tive em todos esses anos de minha vida, mas, isso é importante? Bom, para essa história, é sim, porque, demorei muitos anos para entender que o amor tem que nascer em nós, antes de nos comprometer com outra pessoa, com outra alma, com outro ser. Ah, eu queria ter aprendido isso antes, mas, assim como não tem sido fácil, esse processo também não foi, ao contrário, ele foi doloroso, me custou muita coisa, mas, me transformou. O encontro com o meu amor próprio foi um enorme chachoalhão para me lembrar de alguém, e é sobre esse alguém que eu quero falar hoje.

A pessoa com o olhar mais doce que eu já vi em toda a minha vida, com um coração que não cabe dentro do peito, e que eu admiro – apesar de saber que essa pessoa também tem seus defeitos, seus trejeitos, suas manias – É alguém que eu poderia passar horas e mais horas conversando sobre qualquer assunto, e eu não cansaria, é alguém que eu enxergo muito além do ter, do ser, é alguém que tem uma essência invejável. Ah céus, como eu espero que ele saiba que ele é uma das melhores pessoas que eu já conheci em toda a minha existência… É estranho colocar tanto sentimento em um texto e não enviá-lo para a pessoa, mas, estou jogando ao vento, e para que tudo tome o rumo que tem que tomar, para que as coisas que não estão sob meu controle, se realizem como tem que ser.

Eu realmente não sei se terei uma segunda chance – não somos as mesmas pessoas – mas, em algum lugar desse universo, eu gostaria de deixar marcado o quanto essa pessoa fez por mim, continua fazendo, e não é justo que as pessoas não saibam o que eu estou sentindo,porque é algo tão lindo, sincero, genuíno – e ao mesmo tempo tão intenso – que eu não poderia deixar de lado. Eu desejo que todas as pessoas que lerem isso sintam um pouco de amor, um pouco desse sentimento, um pouco dessa grandiosidade, porque dessa forma, eu sei que toda essa espera não será em vão, e eu vou manter o meu coração um pouco mais forte para os próximos capítulos disso tudo. E se não for para ser, sem dúvidas será uma maneira de eternizar o que eu senti, de lembrar de como eu me senti – e claro – lembrar de que tudo acontece em seu determinado tempo… E há anos atrás não era o nosso tempo, pode ser que seja agora, pode ser que seja daqui há dois meses, pode ser que seja para o resto das nossas vidas, não saberemos, a única certeza é que absolutamente nada é por acaso, e mesmo que você não tenha muita confiança nisso, saiba que eu imagino e desenho você em minha vida, do jeito mais delicado que eu poderia fazer, da forma mais sincera que eu consigo.

O que eu vejo nesse momento? Eu, você, uma infinita possibilidade, e claro, uma escolha. A minha eu já sei qual é, a sua – aguardo ansiosamente – Quando essa tempestade passar, eu só quero te fazer uma pergunta, olhando em seus olhos, e vendo o seu sorriso que me deixa besta – e me faz agir como uma – Quero saber se podemos viver esse dia, esse encontro, como se fosse para ser, porque acredite, esse encontro não é de hoje, não é de três anos atrás, e está muito além do nosso conhecimento. Eu não me importo em não saber para onde vamos, ou o que teremos, desde que eu possa viver, desde que possamos viver, e desde que de alguma forma a sua mão esteja junto com a minha em cada caminhar, em cada mudança, e em cada momento. Não poderia deixar de te agradecer, também, por ter uma parcela em quem eu sou, e por de certo modo me fazer continuar a acreditar em conto de fadas, mesmo que a que eu vivo não seja a história mais perfeita de todas… Eu gosto especialmente de você, e eu estou dizendo aos quatro ventos.

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