Sou aquele que nunca soube responder sobre si. Que ama a vida mas as vezes quer morrer. Que odeia a vida mas todos os dias se dispõe a viver. O caos instalado em um ser. A vontade de ser par até o fim. A vontade de no fim ser só um, e fim.
Eu já morri de amor. Eu já sobrevivi sem amar. Eu já achei feio e depois fui lá e fiz. Vez ou outra eu julgo e condeno. Em seguida vou e faço. Em sequência, vez ou outra, me julgo e me condeno. As vezes descubro que é tudo mais simples do que parece, se você vive e só. Sem dó.
Empata demais para causar sofrimento ao outro. Egoísta suficiente para pensar em mim e nada mais. Com um amor imenso e que derrama. Com um rancor imenso e que exala.
Em tempos assim, tudo isso cresce. Ganha tamanho de monstro e cria a cena de que vai te engolir. Por que tem que ser tão dolorido olhar pra si? Por que corremos a vida toda de abraçar toda essa bagagem que é sermos bons e ruins na mesma medida?
Enquanto o corpo pede descanso através da condição imutável chamada morte, a mente quer viver pra descobrir se no fim é possível se ter alguma certeza se quer sobre essa coisa chamada vida, chamada corda bamba e um equilibrista embriagado de nadas e tudos, chamado eu.
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