Externando sentimentos na quarentena

A quarentena chegou e a nossa saúde mental começou a ir para o ralo. Eu, , só queria correr para o bar com as amigas e dançar até o dia amanhecer. E eu, Ê, só queria poder abraçar apertado a minha avó Artemira. Com o passar dos dias, se consumimos apenas notícias, adoecemos juntos, com ou sem coronavírus. Mas, se tiramos um momento para a nossa cabeça, se conversamos com quem amamos, nem que seja virtualmente, e, principalmente, se escrevemos, a saúde mental permanece sã e salva. O que tem te ajudado nesse período e o que tem te afundado?

Escrever sempre me ajudou (Ê aqui). Foi por isso que criei o Ré Menor e por isso sou jornalista hoje em dia. Mais do que isso, é por isso que a amoor nasceu. Escrever vem quando estou feliz demais, onde a alegria transborda em forma de palavras. Ou, quando estou péssima e quero muito enterrar um assunto. É transformando a dor em texto, que tudo saí de mim e consigo seguir em paz. Para mim, Rô, escrever também é terapia. Inclusive é a prática mais recomendada da minha psicóloga. Tenho sempre um caderninho comigo e faço anotações diárias, o que sinto, o que penso, o que queria dizer e não disse, o que desejo, o que não desejo, o que não quero, o que não sinto. Adotei esse costume da terapia e levei pra vida, uso a escrita pra me conhecer, pra saber como eu falo, como eu ajo e reajo com a vida que vai acontecendo e seguindo seu curso, o que também me ajuda a garantir o sucesso das sessões na terapia. 

Hoje recebemos uma mensagem da Carolina Brazil, jornalista e com quem aprendi muito no meu inicio na profissão. Após ver uma publicação sobre o quanto escrever era libertador em tempos de quarentena e que poderíamos abrir um espaço que ajudasse outras pessoas a sobreviver bem nesse período. Fui pesquisar, queria um embasamento técnico que provasse para você, que escrever pode ser mais eficaz do que ver lives o dia inteiro. 

Não surpresa, achei vários posts não teóricos sobre o assunto. Até que a matéria da BBC sobre Psiconeuroimunologia, de agosto de 2017, clareou as ideias. Aqui vai um trecho da matéria: “Imaginar um acontecimento traumático e escrever uma história a respeito dele pode fazer a ferida curar mais rápido, então talvez a diferença esteja menos relacionada com a resolução de questões passadas e mais com encontrar uma maneira de regular suas próprias emoções”. Se ajuda em grandes traumas, imagina em dias de reclusão? Clique aqui para ler a matéria completa!

O #paraexternar vem para te ajudar a tirar as dores do peito e coloca-las no papel. Ou melhor, coloca-las nesse espaço compartilhado e seguro para desabafos. Escreva sobre como estão sendo seus dias nesse período, sobre quem te faz falta, faça uma lista das pessoas que você ama e adoraria estar perto agora. Fale sobre coisas que te fazem mal há anos, mas nunca externou. Mande um recado que nunca teve coragem e que, não necessariamente, será lido pelo destinatário. Aliás, os relatos são anônimos. Assine apenas se quiser. Declare seu amoor em público, conte o que te angustia, mas também conte o que te faz feliz. Como dissemos, esse é um lugar seguro para os seus sentimentos e feito para te trazer paz e saúde mental em tempos difíceis. Vamos começar?

Clique aqui para enviar seu relato.

Com amor, Ê e Rô.

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