SOLIDÃO E SOLITUDE NA QUARENTENA

Começo esse monólogo te fazendo uma pergunta:

É possível estar bem consigx mesmx nesse distanciamento e isolamento social? 

Pois bem, sou apenas mais um dos milhares de casos que terminou seu relacionamento durante essa pandemia, já havia sinais de que as coisas não estavam bem. Até porque como já disseram por aí: “a pandemia só acelerou o que tinha que dar certo, e o que não tinha que dar, também!” 

Chato ter que juntar os cacos num momento tão delicado, onde todos nós nos sentimos fragilizados e acorrentados a uma situação alheia à nossa vontade. Aqueles que já tinham maturidade emocional, aposto algumas fichas que estão (apesar de qualquer ser humano estar propenso a sentir falta de algo ou alguém) conseguindo lidar um pouco melhor com a situação.

E quem não tem? “Procure uma terapia, vá ler um livro, estude…”

…..mas calma aí, e o “se olhar para dentro”? Difícil né…

É justamente aí que retomo o título desse texto. 

“Entende-se por solitude o pleno contado consigo mesmo. Isso quer dizer que não há a necessidade de estar sempre em companhia de outras pessoas e não há solidão por isso. Esta pessoa está bem com ela em tempo integral, mas convive muito bem com os outros.”

(http://mauradealbanesi.com.br/solidao-x-solitude/)

Será possível, conquistar a SOLITUDE nesse momento de pandemia? Será possível se reconhecer, se descobrir, ressignificar com todo esse caos? Não tenho resposta para isso, mas estou justamente nesse momento tentando descobrir. E dói, dói muito.

Não é um processo fácil, ainda mais quando tudo isso advém de um término de namoro ao qual você apostou tudo, e lutou com todas as forças para que desse certo. Não deu, e nem adianta ficar aqui pontuando aonde cada um errou, essa culpa não vale a pena ser carregada.

(me reconheci nesse episódio do podcast: https://open.spotify.com/episode/3TPuqV7fKaBfRIaxqOo2jA?si=tQ5zTZGlR3K80iHcCzBPJA).

Aliás, sempre vem à cabeça, mesmo que inconscientemente, um questionamento: será que foi um karma? Talvez o universo esteja devolvendo uma moeda? Um troco da vida?

Fica a pergunta…

Estou aprendendo a lidar com tudo isso, ressignificar de vez algo que nunca parei para fazer. Ser mais atento a mim, ter mais autocuidado, para depois poder dar atenção a outra pessoa, e cuidar do relacionamento também.

Não sei por quanto tempo esse processo de cura e ressignificação irá durar, não sei por quantos dias ainda vou ter crises de ansiedade e me sentir sufocado. Foram tantas marés agitadas que entrei durante esses últimos 4 anos, que as águas calmas dentro de mim nunca mais foram vistas. E quem disse também que tenho águas calmas, né? Sempre fui uma pessoa muito intensa. Pago por isso toda vez.

Escutar, assumir, aprender, desconstruir, ressignificar (assumo, já faltei com responsabilidade emocional e afetiva). E essas palavras nunca reverberaram tão forte em mim, nunca ressoaram tão nitidamente na minha cabeça. A vida realmente te dá lições, esteja atentx aos sinais. Os tropeços vão persistir até você aprender.

Espero, que todos nesse momento consigam amadurecer, muito mais do acham ser. Procurem sempre evoluir, sempre serem pessoas melhores, e não deixem que isso se torne algo “piegas”, até porque, lembre-se: “a gente colhe, aquilo que a gente planta”. 

Estejam bem consigo mesmxs e possam se reencontrar, se reconhecer, de procurar o seu bem estar, mesmo que esteja com alguém.

“SOLITUDE”, é o que espero para cada um de nós.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *