com amor, desde sempre.

O amor sempre esteve em mim, a ponto de eu não lembrar um momento em que ele não estivesse presente.

Hoje vou falar sobre amor, e muito se engana quem pensa que é somente um relato de alguém que está apaixonada, não, é algo que vai muito além, pois, o amor está comigo desde o momento em que nasci. Desde muito cedo fui privilegiada com os amores mais sinceros que poderia encontrar em minha vida, a minha família – embora assim como todas as outras tenham seus pequenos problemas – sempre foi um dos sinônimos mais fortes de amor, talvez, a representação mais forte do amor que eu conheça até hoje. O amor esteve presente, se faz presente diariamente, e se algum dia alguém me pedir para definir o amor, eu consigo pensar em várias pessoas, mas a sua personificação – para mim – é a minha avó. Com ela aprendi que o amor não tem barreira alguma, não vê dificuldades, não vê fronteiras, não vê medos e dores.

“O amor é paciente; O amor é bondoso. Não Inveja; Não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo cê, tudo espera, tudo suporta” Lamento, mas, eu não sei parafrasear a Bíblia, infelizmente, mas, a minha interpretação para esses dizeres sempre foram muito importantes e me definem quase que em sua totalidade. O amor é realmente tudo isso que está escrito ali em cima? Se sim, por que ainda assim o nosso coração tem vezes que fica pequeninho de saudades? Porque as vezes a gente sente aquela saudade que dói fundo no peito? A resposta em minha mente é clara: O amor nos ensina, diariamente, como nos tornar melhores, como olhar para nós mesmos, como olhar ao outro, mas, ele não nos ensina a parte em que estamos longe das pessoas que mais amamos e que não estão ao nosso lado.

Mas, como falar de amor e não mencionar a saudade?

A minha definição de amor é tão intensa, é tão profunda que esse mundo não foi o suficiente, e ela se foi, deixando essa esperança de amor que vive em mim durante todos os dias da minha existência, e eu seria uma criminosa se eu dissesse que eu não acredito no amor, que eu não respiro fundo todas às vezes que vejo um casal de idosos de mãos dadas, ou quando vejo as pessoas que amo. E tive um caminho um tanto sinuoso em relação ao amor, olha, poderíamos aumentar esse relato e torná-lo um livro para explicar toda a complexidade de todas as minhas relações, porém, com todas as turbulências, continuo sendo essa pessoa que acredita naquele amor que faz o tempo parar, naquele amor que os céus, os mares, o ar e a terra contemplam, porque é verdadeiro, puro. Penso que a grande jogada nesse momento seria dizer que eu já experimentei esse amor, e que eu vivencio esse amor. Tem uma parte do meu coração que vive fora do peito, não tem idade para entender a dimensão do que sinto, mas, que é algo tão grande que somente de lembrar, eu tô chorando. Olha só, quem disse que o amor não nos faz chorar?

A minha outra pessoa, quando penso no amor, é uma garotinha extremamente vaidosa, geniosa, mas, que tem um amor tão grande – e não tem ideia do quanto eu a amo – Acredito que as pessoas não entendam a dimensão desse amor, até porque nem eu mesma entendo, mas, essa garotinha transformou a minha vida, e todas às vezes que o meu dia não está tão bom, olho para a foto dela e consigo mudar a minha perspectiva, a minha visão. E lembro da minha avó, porque para a minha avó, fui essa pessoa, que mudava todo o seu dia nos momentos mais difíceis, lembro dos meus pais, porque sei que muito do que eles fazem é pensando no meu bem-estar, e logo, lembro de todo esse amor que sempre esteve comigo, que me faz chegar até aqui.

Entende como eu não consigo desvincular o amor de todas as coisas? Talvez eu seja obcecada, mas, enxergo amor em absolutamente tudo, e isso me tornou mais fraca em alguns momentos? Sim, me fez acreditar em pessoas que eu não deveria? Sim, e também me fez perder pessoas, me fez me perder de eu mesma, inclusive, porém, expandiu a minha mente, expandiu o meu senti, e me tornou quem sou. Não existe a menor possibilidade de separar um do outro. Eu nunca coloquei em palavras o que o amor representa para mim, eu nunca havia falado de amor de uma forma tão intensa – mesmo falando sobre todos os dias, mesmo vivendo isso todos os dias – E também penso que falho em dizer o quanto amo os meus pais, a minha família, os meus amigos, e os meus animais. Engraçado, a gente vive, a gente sente, mas tem uma dificuldade imensa em dizer, em falar.

E confesso, em alguns momentos essas palavras saíram tão fáceis da minha boca que ao olhar para esses momentos eu gostaria de me calar, não por não sentir, mas, simplesmente por entender a mágica dessas palavras. Eu hipervalorizo o amor, tenho uma ideologia doida de sentir, tenho um jeito ainda mais louco de me apaixonar – e amar – e acredito que eu seja simplesmente uma pessoa aberta, receptiva, e sinto, sinto de forma extrema – tanto o amor como o seu oposto – São quase dois pesos e duas medidas, eu nunca fui de meio-termo. Queria ter esperado para falar essas palavras? Talvez. Me arrependo? Não, pois, isso mostra que eu me entreguei, que eu me abri, e que aprendi no final das coisas. Sempre que coloquei o amor em primeiro lugar, eu consegui tirar algo das situações, mesmo que eu me machucasse, mesmo que eu temporariamente me enfraquecesse. E voltamos ao tópico lá de trás: O amor não machuca, mas, as pessoas podem nos machucas, e no final das contas, estamos todos tentando da nossa forma encontrar o amor – ou nos afastar dele – É algo muito pessoal.

Eu mesma já tentei ignorar o amor, fugir, fingir demência, e sim, eu me autossabotei em diversos momentos, por medo, por experiências que não deram certo, por decepções, e principalmente por querer proteger a parte que ainda vive em mim e acredita no amor, naquele amor de cinema, naquele amor de novela, e de séries, e me desculpe, em alguns momentos sou realmente clichê ao falar de amor. Se me perguntar, eu já tenho o meu casamento montado – talvez tenha até playlist – Mas, são coisas que eu ainda vivo, são coisas que continuarei vivendo. Sabe quando todas as músicas que você escuta parecem ser sobre certo alguém? Ou quando você se enxerga em um casal da ficção? É basicamente isso. E por falar em música, eu sempre tive uma mania muito estranha de relacionar música a uma pessoa – ou um momento que vivemos – e quando as coisas não dão lá muito certo, fico com ranço da pessoa e da música – Risos – Onde quero chegar? Tenho três músicas salvas, três músicas que me definem, que definem o meu sentir, e que estão á espera desse amor cheesy de filmes romântico. E sim, quero um amor épico, quero transmitir toda essa sentimentalidade para alguém, e que ela faça parte desse amor que nasceu lá atrás, e que vive tão presente. Enquanto isso ainda não acontece, distribuo amor por aí, nas escritas, nos conselhos, e em tudo aquilo que faço: com amor, sempre.

Estou longe de ser uma pessoa perfeita – muito longe mesmo – mas, se tem uma coisa que tenho certeza, é de que o amor vive em mim, é que o amor se expande em mim, e que cada célula minha vibra em prol do amor. E agradeço por isso – mesmo quebrando a cara às vezes, mesmo me colocando em situações não tão boas assim, mesmo com toda a dor que eu já senti – O amor não move somente montanhas, mas, me move. Penso que todas as pessoas se perguntam o motivo de eu ter decidido falar no amor, com todas as coisas que estão acontecendo no mundo, com tantas notícias ruins. A verdade é que eu não sei não falar do que sou, a verdade é que sei que primeiro, precisamos valorizar o amor e as pessoas que amamos, aqui, agora. E para muitos precisou de uma pandemia – inclusive eu – para ver o quanto é importante estar ao lado de quem amamos. Mais uma vez o amor e a saudade se enrolando. Sendo assim, o meu externar é justamente uma celebração ao amor.

E que agora, o amor, a esperança, a fé seja o nosso guia, seja a nossa fonte de vitalidade e também de sanidade.

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